Dois grãozinhos de areia

Hoje tive um sonho.
Sonhei que não tinhamos que saber inglês para ser alguém
e que o único idioma que se falava entre os seres humanos
era o do amor e da liberdade.

Podíamos decidir nossas vidas sem condicionamentos,
escolhíamos com plena liberdade
a comida que comíamos,
a roupa que vestíamos,
e ninguém nem nada manipulava
nosso querer, nosso pensar e nosso sentir.

Podíamos expressar o nosso “ser”
segundo nossas raízes autóctones
sem sentir-nos inferiores.

Éramos nós mesmos que,
com a mesma liberdade que as aves têm
de se lançar ao vento que as leva à arvore
onde fazem seu ninho,
podíamos refletir sobre nossos caminhos
e habitar no mundo que nós mesmos construímos.

Semelhante ao Criador,
éramos seres humanos.

Deve haver um lugar onde possamos ser assim.
Onde, em amor, as pessoas busquem sua realização
na realização do outro.
Onde o amor seja o motor.
E o vetor de toda realidade;
Onde as crianças possam crescer sorrindo,
tendo a esperança de serem os autores
de seus próprios destinos.
Onde seus pais possam envelhecer cheios de paz,
sabendo que seu esforço não foi em vão, mas criador;

Certos de que no anonimato de sua história
tem sido cooperadores do Grande Anônimo
que nunca os deixou,
mas que sempre esteve lutando ao lado dos seus.

Assim é lindo chegar a morte.

Esta adquire um novo sentido,
toma forma e nobreza dentro desta esfera;
se torna convicção, esperança e profundo desejo
de viver eternamente em um mundo novo,
no qual sua história e a minha
foram como dois grãozinhos de areia.

- Juan José Barreda Toscano -

[Retirado do livro "O que é missão integral?" de C. René Padilla, ed. Ultimato, 2009]

Comentários

Anônimo disse…
eu já ouvi que sonho que se sonha só é um sonho e sonho que sonha junto é realidade...Vamos juntos anunciar o Reino e vinda de Jesus...Mto bom tê-los como vizinhos...inté

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