O SALVADOR

Esse aspecto da obra redentora de Jesus é um pouco mais conhecido por nós e pela humanidade de uma maneira geral.

Toda humanidade é carente de salvação, seja ela física, emocional-psicológica, social, econômica, ética ou moral. Todos independente da religião sabemos disso e sentimos isso. É por isso que criamos nossos super-heróis, como o Capitão Nascimento, que encara e resiste até às últimas consequências o império da corrupção e injustiça. Ou seja, projetamos nele um tipo de libertador que queremos e necessitamos.

Sendo assim há dentro de cada um de nós uma intrínseca necessidade de ser salvo, que nos acompanha desde o momento em que nascemos. Porém muitos de nós ainda não descobrimos do que precisamos ser salvos e por causa disso imaginamos muitas coisas.

O problema é quando essas muitas coisas que imaginamos se tornam para nós, ilusoriamente, a única necessidade que temos. É como os remédios paliativos que tratam dos sintomas, mas não do problema em si. Ou como nos relacionamentos, seja entre casais ou entre amigos, quando usamos pequenas situações para descarregar o dobro de raiva que a situação merece, sabendo que esse dobro de raiva descarregado, na verdade pertence a um problema mais profundo que nós insistimos em fingir que não existe.

Isto é, estamos certos e convencidos de que o que temos é uma GRIPE e por isso compramos vitaminas C´s e derivados, quando na verdade já estamos é com início de PNEUMONIA.

Na vida acontece esse fenômeno, quando uma determinada circunstância que vivo bloqueia ou limita minha visão de mundo me convencendo que a única realidade que existe é essa que meus olhos conseguem ver.

Entretanto nós sabemos que isso não é verdade. Existem muito mais doenças do que as que os nossos olhos conseguem ver e muito mais remédios do que os que as nossas mãos conseguem tocar.

Outro fenômeno é o vício em paliativos que adquirimos. Queremos o remédio que trate a dor ou o problema que estou vivenciando AGORA e de maneira rápida. Alívio já!

Sutilmente, e, às vezes propositalmente, transferimos essa ótica, esse jeito de ver o mundo, para as coisas celestiais, para Deus. Deus deixa de ser o médico das nossas almas e passa a ser um tipo de balconista da farmácia celestial que conhece superficialmente os meus problemas e o remédio que preciso.

Certa vez ouvi um pastor, refletindo sobre salvação, que disse algo muito lúcido e iluminador pra mim. Ele nos relembrou que o que Deus está fazendo é SALVANDO O MUNDO e não curando ou protegendo uns e outros.

Ou seja, tudo o que Deus permite na nossa vida, guardadas as devidas proporções, visa o bem da nossa salvação e não o nosso bem-estar individual. Precisamos tomar muito cuidado para não reduzirmos Deus a uma fada madrinha.

Penso que Deus se torna uma fada madrinha quando paramos de desejar o novo céu e a nova terra e nos contentamos com o velho céu e a velha terra, por assim dizer. Isso porque fadas madrinhas não têm desejos, elas só realizam desejos.

Logo, confessar que Jesus é o meu salvador é crer e entender a mudança de cidade que Ele nos fez nos transportando do império das trevas para o reino da Sua maravilhosa luz, submetendo-me e confiando que os meios desse transporte pertencem a Ele e são para glória d´Ele.

Uma boa declaração da SALVAÇÃO oferecida por Jesus é esta: Cl. 2.19-23 – reconciliados, salvos, livres e esperançosos.

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