Denominacionalismo: Moralidade cristã ou Ética das classes

“Tenho o prazer de te assegurar que todos os missionários da sociedade, sem exceção, em Nova Jersey, Nova York, Connecticut e, até onde estou informado, em outras colônias da Nova Inglaterra, têm-se provado fiéis e leais súditos nestes tempos difíceis e têm, até o limite de suas forças, se oposto ao espírito de discórdia e rebelião que envolveu este Continente nas maiores calamidades. Devo acrescentar que todos os outros clérigos da nossa Igreja nas citadas colônias, embora não estando a serviço da Sociedade, têm observado a mesma linha de conduta”.

Esse parágrafo faz parte de uma resposta que o reitor da Igreja da Trindade, em Nova York, escreveu a um confrade (irmão de fé) inglês. Está claro que o reporte do confrade distante se trata da lealdade de sua missão e missionários aos interesses de classes e não de Cristo!

De duas, uma. Ou gosto de ser ingênuo, ou gosto que me mantenham na ingenuidade. Entretanto o certo é que tenho descoberto a vida adulta a cada dia.
Esse trecho me leva a questionar o que sustenta a minha vida eclesiástica, em outras palavras, porque congrego onde congrego? Terá sido um chamado de Deus ou um chamado da conveniência do meu "confiável" coração? Ou foi um chamado do meu corte de cabelo, ou do meu posicionamento político, ou do meu real status econômico, ou pretendido/falso status econômico, ou do meu tipo de música......?


O fato é que nossas denominações cristãs têm perdido sua ética para a ética e interesses de classes/castas. Mas qual deveria ser a nossa ética?

De acordo com R. N. Niebuhr a ÉTICA DA FRATERNIDADE é o que deve reger os interesses de nossas denominações. É o relacionamento inter-humano despretensioso, a necessidade da viúva, a carência afetiva do órfão e todas as demais empatias que nossos fratellos precisarem. Mas isso não é exclusividade nem originalidade de Niebuhr, o nosso Senhor Jesus nos convida a viver dessa forma, forma que só existe n´Ele.

Vamos assumir que muito do que somos é formado por interesse. Mas, a partir de hoje, nos interessemos pelo que vale a pena, pelo que não provoca acepção, e sim, inclusão. O Reino é de fratellos e para todos, a mesa é do Senhor e todos podem se achegar.

Espero que essa reflexão forneça lampejos em vossas mentes!!

Que Deus tenha misericórdia do nosso coração e se interesse por nós!

Comentários

Calebe Ribeiro disse…
caramba que reflexao oportuna. valeu pelo texto

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